terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Atentado em Madrid (11 de Março 2004)

7.30h da manhã.
Os mesmos gestos de sempre.
Um dia em tudo tão vulgar.
Mas a sombra da morte,
Rondava por perto,
Já pairava no ar.

E pior que morrer
É não poder,
Olhar frente a frente
O rosto, a mão,
De quem mata friamente
Sem razão.

E sentimos ódio,
Raiva, revolta,
Impotência, terror,
Dor de enlouquecer.
Pior que morrer
É ter que continuar
Inexplicavelmente a viver.

Gente deambulando,
Procurando, procurando cada ausente,
Numa amálgama de ferros e de sangue.
Um calafrio, o olhar vago.
Nesse comboio das 7.30
O desespero de quem tudo perdeu!

Podias ser tu!
Podia ser eu!

1 comentário:

  1. Estava mesmo a anos-luz de imaginar o tesouro que esta poetisa é. Vim aqui a este blogue por mero acaso ... E não podia ter ficado mais feliz. Linda menina que eu em tempos conheci na Escola, e que agora me deixa feliz, por conhecer estas maravilhas.

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