terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Menino da rua

Menino sozinho
Sem paz nem amor
De um País distante,

Menino da rua,
À sombra da lua,
Ao sol escaldante.

Menino da rua,
Andando por ali
Sem eira nem beira,

Corpito franzino
Que a vida maltrata
Com tanta canseira.

Caminhas assim
Sem rumo, sem fim,
Num mar de aflição,

Pézitos descalços,
Pisando o asfalto
Estendendo a mão.

Vagueando na praia
Na areia dourada
Ao sol de Verão,

E sem pressa no cais
Olhando os barcos
Que vêm e vão.

Calções remendados,
Cabelos desgrenhados,
Na boca um lamento.

Ai! como eu queria
Que fosses só um poema,
Que escrevo, que invento.

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