Menino sozinho
Sem paz nem amor
De um País distante,
Menino da rua,
À sombra da lua,
Ao sol escaldante.
Menino da rua,
Andando por ali
Sem eira nem beira,
Corpito franzino
Que a vida maltrata
Com tanta canseira.
Caminhas assim
Sem rumo, sem fim,
Num mar de aflição,
Pézitos descalços,
Pisando o asfalto
Estendendo a mão.
Vagueando na praia
Na areia dourada
Ao sol de Verão,
E sem pressa no cais
Olhando os barcos
Que vêm e vão.
Calções remendados,
Cabelos desgrenhados,
Na boca um lamento.
Ai! como eu queria
Que fosses só um poema,
Que escrevo, que invento.
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