terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nau dos Corvos

Rodeada de espuma rendilhada,
Ergue-se a Nau dos Corvos imponente,
Na palidez da tarde recortada,
Num desafio constante ao firmamento!

O mar é uma mancha aveludada
Adornada de safiras e diamantes,
A sombra loira do Sol meio desmaiada,
Traça rútilos lampejos penetrantes!

Tem a seus pés o Mundo, o mar inteiro,
No horizonte devagar passa um veleiro,
Alguém que se vai embora muito triste,

Aqui o mar e a terra se confundem,
E eu deixo que nesse toque me deslumbrem,
Sinto que não estou só, que Deus existe!

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